Pensada para espaços alternativos, a peça tem uma estrutura de diversas cenas que, de forma divertida e poética, buscam se comunicar tanto com os transeuntes interessados, quanto com as famílias e público especializado. Essa comunicação também é facilitada pelo cenário que foi construído a partir de objetos de cozinha que ganham funções variadas e se ressignificam ao longo dos quadros. A trilha sonora reforça essa diversidade de ambientes e colabora na materialidade de imagens invisíveis, transitando entre delicadeza e comicidade.
Em sua jornada, a protagonista Luzia passeia por um tempo/espaço lúdico presenciando diversas situações à mesa até encontrar a fome: diante da fome, Luzia pára. O aumento da fome e da insegurança alimentar no Brasil tornaram urgente olhar para os processos que envolvem a trajetória do alimento e nos levam à questão que motivou o trabalho: “Afinal, o que está na mesa?”