O espetáculo Agda é uma adaptação do conto homônimo de Hilda Hilst.
A história da mulher que rompe tabus e provoca a ira da comunidade onde vive serve de metáfora para uma reflexão sobre o mundo contemporâneo, cuja lógica mercantilista e violenta não dá espaço à gentileza e ao cuidado, próprios do feminino.
Para isso, a encenação serve-se de elementos de teatro e dança, transitando entre a prosa e a poesia, em um delicado jogo de construção e desconstrução de imagens e personagens.
O espetáculo Agda aborda questões fundamentais da existência humana, como a finitude da vida e a aparente incompatibilidade entre os desejos do corpo e do espírito, entre o sagrado e o profano.
O elenco representa os personagens femininos e masculinos – numa escala arquetípica, anima e animus – personificando essas duas energias opostas e complementares que compõem todo ser humano.
A voz feminina, lírica e angustiada de Agda em sua busca eterna por conhecimento e transcendência, em contraponto às vozes da aldeia e de seus três homens e amantes, traz à cena questões sobre o feminino, intrínsecas à obra da autora.
O desejo de transcender a condição humana, de encontrar Deus, é um traço forte na vasta e diversificada obra literária de Hilda Hilst.
AGDA, fábula atemporal de caráter trágico narra a trajetória de uma “mulher maldita”. AGDA aborda questões fundamentais da existência humana, como a finitude da vida e a aparente incompatibilidade entre os desejos do corpo e do espírito, entre o sagrado e o profano.
O elenco representa os personagens femininos e masculinos – numa escala arquetípica, anima e animus – personificando essas duas energias opostas e complementares que compõem todo ser humano.
No desequilibrado mundo atual, o animus oprime a anima, resultando numa violência que permeia as relações entre as pessoas, e entre as pessoas e o restante da natureza.
É contra esse estado de coisas que se contrapõe a voz feminina, lírica e angustiada de Agda, na afirmação de sua singularidade, na demonstração de sua ‘força-não-violenta’, na busca eterna do conhecimento e da transcendência, tornando ainda mais valioso o desafio de montar o texto nos dias atuais.
Atuação: Alice Possani, Erika Cunha e Verônica Fabrini
Texto Original: Hilda Hilst
Direção e Adaptação: Moacir Ferraz
Iluminação: Alice Possani e Moacir Ferraz
Figurinos: Juliana Pfeifer e Sandra Pestana
Cenografia: Juliana Pfeifer
Orientação Tango: Natacha Muriel e Lucas Magalhães
Trilha sonora: Mauro Braga e Silas Oliveira
Fotografia: Maycon Soldan e Anabela Leandro
Identidade Visual: Léo Ferrari
Produção: Luiz Eduardo Ferraz
Realização: Grupo Matula Teatro e Boa Companhia
Duração: 60 min.
Classificação Etária: 18 Anos